Monday, January 29, 2007

Arrasado... mas feliz!!!

29 Janeiro 2007


Jambo, minha gente!




Pois e', estou de facto arrasado!!! Extremamente arrasado...






Ate durante a janta eu nao parava de esbocejar.Tava mesmo a cair de sono.


"A que se deve tamanho cansaco?", podeis perguntar e com razao. Pois e', acontece que parti ontem de madrugada (6h) para uma viagem por algumas das missoes mais significativas do nosso Instituto aqui no Kenya, que e' o primeiro pais onde os nossos missionarios iniciaram a nossa aventura missionaria, precisamente em janeiro de 1902. Hoje e' tambem o aniversario da fundacao do nosso Instituto (29.01.1901). Dado que nem sempre as estradas eram lisas e alcatrodas, os meus ossos fartaram-se de "bailar o vira"... Mas foi uma viagem inesquecivel, partilhada com 3 opasdres tugas, um dos quais missionario aqui no Kenya. Deles ja' vos falei; encontramos varios missionarios de quem eu somente sabia o nome ou tinha visto em foto. Adorei mega, de verdade...

Mas, tal como vos disse, estou arrasado e, assim, deixarei para 6a feira que vem o relato do meu diario, pois amanha parto para uma nova viagem, desta vez de 3 dias; irei visitar outra zona do pais, mas sobretudo os familiares de um colega meu keniano que faleceu na Coreia em dezembro de 2005.

Bom, vou procurar na net umas fotos para ilustrar estas palavritas... As fotos minhas relativas `as viagens tambem vos mostrarei na 6a feira, ok?

Um abracao e que o nosso Amigao vos abencoe... sempre!


Agora vou direitinho para o "vale dos lencois".


Asante sana














Saturday, January 27, 2007

As fotos que falem por si...

26 Janeiro

Jambo, pessoal.

Terminado o Fórum Social, pudemos dedicar o dia de hoje ao encontro das revistas do nosso Instituto. Não só o continuámos, como conseguimos terminar, o que foi ótimo. Mas este dia começou com uma missa na casa das Paulinas, as quais nos ofereceram o pequeno-almoço e uma visita guiada às instalaçãoes delas (tipografia, etc). Elas também publicam livros aqui no Kenya e, como os disse já, têm uma livraria ao lado da catedral de Nairobi. Viemos a saber que o espaço não é delas, mas sim da diocese; de qualquer modo, têm também uma forte presença aqui neste canto da África. A superiora geral, que é brasileira, estava também presente.
Regressámos a casa e demos início ao encontro, centrando a nossa atenção nos aspectos práticos, de modo a não perdermos tempo em discursos inúteis; de facto, o encontro correu tão bem que conseguimos terminá-lo hoje, de modo a estarmos mais relaxados amanhã. Esteve presente no encontro de hoje a irmã responsável pela revista das nossas manas da Consolata, as quais têm uma só revista.
Para terminar o dia em beleza, fomos jantar a um restaurante de carne na brasa à keniana; o padre Elísio, o outro tuga, não veio porque foi com o padre Tobias ( o único tuga que trabalha aqui no Kenya) jantar a casa de um senhor tuga, radicado aqui há mais de 20 anos, casado com uma sueca. Eu também estava convidado, mas como havia a janta da malta das revistas, decidi juntar-me a estes, até porque bastava que fosse o padre Elísio. Porém... arrependi-me por não ter ido, pois a carne foi uma enorme desilusão: estava dura e parecia pneu! Havia vaca, anho e galinha, mas nenhuma prestava! Valeu a companhia dos meus colegas, razão principal pela qual me juntei a eles. De facto, foi um serão bem passado.
Bom, amanhã não irei viajar: irei no domingo com os restantes tugas. Hoje fico por aqui, pois o cansaço acumula-se. Ah, uma notícia triste: faleceu na 2ª feira passada o pai de um nosso colega africano e hoje foi o funeral. Tinha 85 anos e, felizmente, não esteve doente por muito tempo. Que Deus o receba na Sua casa.
Gente, ficai bem e até mais...
Como sabeis, a fotografia e' um dos meus passatempos favoritos; deixo-vos entao algumas das minhas preferidas feitas nestes dias, as quais falam por si. A foto do nosso encontro das revistas colocá-la-ei mais tarde, ok?
Com carinho, vosso mano e amigo Álvaro
Asante sana

Cores do Kenya (pulseiras tribais)


Crianças do bairro de Deep Sea



Com Daniele, nosso semina italiano que estuda aqui no Kenya



Outra beleza africana: uma crianca de outro bairro. Creio que esta foto será depois uma das capas da nossa revista lá na Coreia, pois adoro ela



Cunhado e sobrinho do meu colega Peter, que trabalha lá na Coreia

Um membro de uma tribo do norte do Kenya

Uma jovem activista toda “janota”... que podera tambem ser capa de revista, nao acham?

Um casal da Tanzânia todo “cooool”

Esta criança representa, para mim, a África que espera um futuro mais humano, mais justo, mais alegre, mais fraterno... É este o meu desejo e a minha oração não só para esta África martirizada e, ao mesmo tempo, cheia de vitalidade e garra, como para todo o mundo.


Nao se esquecam de que basta clicar em cima das fotos para elas aparecerem em tamanho maior.

Asante sana...

Friday, January 26, 2007

E la' se foi mais um Forum...








25 Janeiro

Jambo, pessoal!
Tal como tudo na vida, também o Fórum Social Mundial chegou ao fim. Foram dias intensos de trabalho, mas valeu a pena... e muito! Tenho muito e bom material para usar na nossa revista, tal como os meus colegas. Mas este último dia do Fórum deixou muito a desejar... Mas já lá vou: da parte da manhã, tivemos um encontro dos diretores das nossas revistas, no qual apresentei a nossa coreana e falamos de vários apectos ligados ao nosso trabalho. Porém, o dia granmde será amanhã, pois dedicaremos todo o dia ao temas que estão agendados. Devo dizer porém que o clima entre nós é extremamente positivo e de muita familiaridade, tal como queria o nosso fundador, Beato José Allamano.
Depois do tacho, alguns de nós foram então assistir à parte conclusiva do Fórum, dado que da parte da manhã havia sido feitas uma maratona que percorreu vários bairros-de-lata da cidade. Porém, a conclusão foi muito monótona, apesar da música; os discursos foram fracos e até mesmo o “pai” do Fórum Social, um brasileiro chamado Chico Withaker, foi muito fraco no que disse; de facto, ele não tem carisma de orador, ainda por cima em inglês. Falou sem vida, sem energia, sem quase saber o que dizer. Claro, ninguém é perfeito, mas gente deste calibre deveria ter um pouco mais de carisma... Um dos que falarm foi um actor americano, Dan Glover: para quem se lembra do filmes de Mel Gibson, “Arma Letal”, ele fazia de colega de trabalho; é afroamericano, mas não convenceu no que disse. O que valeu foi a música que intercalava os discursos; assim, depois de uma horita e pouco, decidi ir-me, juntamente com 3 colegas meus. Passámos na livraria das Paulinas e regressámos a casa. Descansei um pouco e continuei a actualizar este meu diário, de modo a não estar até tarde depois da janta em frente ao computador. Consegui também, após vários dias de tentativas fracassadas, abrir um sito coreano onde tenho email e que me possibilita o contacto com alguns amigos coreanos.
E assim lá se foi o Fórum, o primeiro a que assisti; não sei se terei outras oportunidades de participar num evento de tal envergaura, mas de qualquer modo foi um privilégio poder estar presente e ver como milhares de pesosas, provenintes dos 4 cantos do mundo, se juntaram e manifestarm as suas preocupações, ânsias e esperanças relativas a este nosso planeta que cada vez mais mergulha numa acentuada separação entre alguns ricos e mkilhões de pobres. Do ponto de vista dos direitos humanos, da justiça social, da paz, da equilibrada distribuição das riquezas, as coisas tendem a piorar; como tal, as vozes que se uniram e denunciaram abusos e irregulaidades esperam ser ouvidas por esse mundo fora. Porém, creio que este desejo permenacerá simplesmente... um desejo, pois sei que os meiso de comunicação mundiais deram pouca ou nenhuma cobertura a este encontro. Da minha parte, farei o melhor por informar o nossos amigos e benfeitores coreanos do que cá vivi, de modo a que possam ficar mais informados sobre aspectos do mundo que eles desconhecem.
Bom, vou ficar por aqui. À noite, antes da nana, juntámo-nos na sala de jantar e os que mais têm jito ontarm anedotas e factos verídicos vividos por missionários nossos em vários países onde estamos presentes. Assim, entre garglhadas e boa disposição, pudemos fortalecer este espírito de família que nos une. É por iesta e outras razões que agradeço o nosso Amigão Jesus por me ter convidado a fazer parte desta família missionária e de trabalhar na Coreia. Por falar na Coreia,m confesso que tenho saudades, embora esteja a adorar esta minha primeira experiência africana, poiis afinal é lá que vivo e trabalho. Mas tenho ainda uma semana pela frente, na qual visitarei locais significativos, do ponto de vista histórico e afectivo, para o nosso Insituto, bem como, se Deus quiser, os pais do meu colega que faleceu na Coreia a 18 de Dezembro de 2005.
Minha gente, ficai bem.

Asante sana.

Fotos:
1. Panorâmica parcial do parque de Uhuru na cerimónia conclusiva
2. A vocalista de uma das bandas que animaram o ambiente
3. O actor americano Dennis Glover
4. Um dos milhares de participantes... Jamaica style
5. Uma senhora indiana
6. Eu com Chico Whitaker, “pai” do Fórum Social Mundial

Thursday, January 25, 2007

Ultimos cartuchos...







24 Janeiro

Jambo, minha gente.

É, o Fórum Mundial Social está nas últimas. De facto, hoje terminou a parte que se realizou no complexo desportivo dedicado a Moi, ou seja, o núcleo do Fórum. Amanhã será tempo de encerrar este encontro internacional no mesmo local onde iniciou: Uhuru Parque, no centro de Nairobi.
Bom, hoje vou ser breve, até porque é fácil resumir o que fiz esta manhã copm o Ugo e o António Rovelli; juntou-se a nós o Gianni Treglia, missionário nosso italiano que trabalha na Tanzânia e que é o diretor da nossa revista que lá se produz. Ele foi o nosso “gancho”, ou seja, sempre que alguém que queríamos entrevitar nos escapava, ele tratava de nos trazer essa pessoa. Assim, dedicamos a manhã de hoje a entrevistas ao “zé povinho”, ou seja, a quem participou no Fórum como espectador; foram 14 ou 15 entrevistas, a pessoas de países e continentes diferentes... incluindo a 3 coreanas, mas que de tão tímidas que eram, quase nem responderam ao que lhes perguntei. Bomk, as fotos falarão por si, pois são de algumas pessoas a quem entrevistámos, de modo a fazermos depois uma rubrica nas nossas revistas tipo “faces e opiniões do Fórum” ou algo parecido.
Depois de um excelente tacho, com frango de churrasco incluído (como era o último ali em Kasarani, decidimos comer à grande e à keniana!), demos umas voltas para comprar ums t-shirts do Fórum (clao, a minha era XL mas... só me estará bem quando eu perder uns kilitos) e apreciar o ambiente. Regressámos a casa cedo, pois as actividadaes terminavam após as duas horas da tarde. Assim que fiz outra bela sesta; à noite, juntei-me a alguns colegas e fomos visitar os 2 padres nossos que estão na casa paroquial anexa ao santuário da Consolata, o qual como vos disse, funciona como uma das paróquias de Nairobi. Uma actividade interessante e que surpreendentemente tem afluência é a capela da adoração perpétua,ou seja, dia e noite; claro, de noite são as poucas as pessoas que vêm, mas sempre são algumas. Eu? Não, não sou dessas coisas; para mim, a noite ´para dormir e basta! Ehehehehehe
Bom, vou colocar as fotos e retirar-me, pois amanhã temos de madrugar: iremos à missa às Irmãs Paulinas, de modo a poder ver depois a tipografia delas.
Um abração mega bem africano

Fotos:

Entrevista a uma senhora da Tanzânia
Uma jovem da Somália que estuda aqui no Kenya; entrevistámos 3 amigas dela
Com uma senhora brasileira que entrevistei ... e que talvez reencontrarei quando for ao Brasil, pois é do Rio de Janeiro
Um interssante encontro de culturas/mundos diferentes; o rapaz é de uma tribo keniana, ela não sei de onde seja
Outra beleza africana
Uma senhora do México


Asante sana

Um dia diferente...

23 Janeiro

Jambo de novo, minha gente!
Bom, hoje não estive presente no Fórum, pois dado que estou trabalhando com Ugo e Antonio, fomos convidados pelo superior regional do Kenya, padre Franco Cellana (também ele italiano), para participar em duas cerimónias. A primeira teve lugar num bairro-de-lata chamado Soweto, zona em que se situa a paróquia de Kahawa. A primeira paragem foi esta mesma paróquia, onde padre Cellana foi pároco em anos passados. De caminho, parámos numa ona de vastas plantações de café. Chegados à paróquia, tomámos um bom café com o pároco actual, um nosso missionário ugandês e vimos as instalações da paróquia. Gostei sobretudo de ver o centro de apoio social, que ajuda os locais na área da saúde, e uma pequena sala de computadores, onde os estudantes podem ter acesso à net e aos programas de texto, de modo a melhorarem os seus estudos. Dali fomos então para o bairro de Soweto; pequeno e mais arrumado que o de Kibera, mas sempre com condições de vida miseráveis. Porém, a razão pela qual visitámos este bairro é prova de que as coisas estão melhorando, graças ao apoio do governo italiano, mas este melhoramento é também devido à participção activa da população. Antes do início das cerimónias protocolares, demos uma volta ao bairro, incluindo a creche local, a qual acolhe várias dezenas de crianças. Como sempre, estas eram lindíssimas, sempre alegres e sorridentes...
Ora, porque fomos então a este bairro? O governo italiano, em colaboração com a agência UN-Habitat (ramo das Nações Unidas que se empenha no âmbito da construcção de casas em zonas carenciadas), estão realizando projectos de melhoramento das zonas carenciadas e foi neste bairro que o projecto-piloto teve início. Ou seja, em vez de receberem o dinheiro que o governo keniano lhe deve, o governo italiano perdoa-lhe com a condição de que esse dinheiro seja usado em projectos de melhoramento das oindições de vida de crtos bairros-de-lata, entre outros projectos. A duração desta iniciativa é de 10 anos: cada ano o governo keniano deve empenhar cerca de 4 milhões de euros nestes projectos. Soweto é o primeiro deles. Estavam presentes o embaixador italiano, uma representante do governo italiano ligada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, um representante da UN-Habitat e o presidente da câmara de Nairobi (muito jovem e, segundo pude constatar, muito popular), bem como representantes do bairro. Certo, os habitantes de Soweto estavam também presentes em massa, sinal de que, por exemplo, o desemprego é uma dos problemas maiores do mesmo, senão poucos estariam ali, creio. De facto, no fim um jovem veio ter comigo e exigia que lhes fossem dados empregos, enquanto que outros pediam um campo de futebol ao presidente da câmara e ao nosso padre Cellana, o qual esteve desde o início envolvido em todo o processo de ajuda a este bairro, pois, como referi antes, foi pároco em Kahawa que fica ali perto. Fiquei muito contente e emocionado por ver que, na pessoa do padre Cellana, o nosso Instituto tem sido fonte de consolação e esperança no meio daquela gente.
Foram então inauguradas várias obras: um centro social, casas de banho (onde é possível também lavar a roupa) e um local para despejo do lixo. Porém, o elemento que simboliza a mudança e melhoramento das condições de vida no bairro foi a introducçõ da luz, a qual ocorreu faz uns meses. De facto, as pessoas viram o seu nível de vida melhorar significativamente, pois baixou o crime e a segurança aumentou. Certo, Soweto não deixou de ser um bairro-de-lata, mas pelo menos as condições de vida estão melhorando e as pessoas podem olhar para o futuro com um pouco mais de esperança. Gostei também de ver o quanto o nosso padre Cellana é muito apreciado e estimado pelas pessoas do bairro.
Bom, terminada a cerimónia, fomos para uma outra, mas não gostei muito dela, pois era mais formal e requintada, com muito de VIPalhada à mistura. O local era bem próximo do local onde decorre o Fórum Social Mundial. A propósito, este chama-se Moi Sports Complex e não Kenyatta (Moi foi o último presidente do Kenya, um ditador ao estilo africano). A cerimónia estava relacionada com a benção do terreno em que será construído um hospital patrocinado por uma ONG italiana, Amigos da Terra (terra=planeta). Esteve também presente a ministra da Saúde,m se bem que por pouco tempo, assim como o arcebispoo de Nairobi, dado que o dito hospital será dirigido por entidades católicas, mas, claro, aberto a toda a população. Não via a hora de vir para casa, pois estava cansado e fazia calor, mas dado que o nosso padre Cellana tinha de estar até ao fim, lá tivemos de aguentar; foi da maneira que almoçámos à borla... e à italiana!!!
Aqui, dormi uma sesta bem comprida, pois tava arrebentado. É, isto do Fórum não e canja, pois só ver multidões de gente cansa um tipo! É quase como ir a um bufete: de ver tanta comida um fica logo cheio! À noite, deiuma volta aqui no nosso recinto com alguns colegas; antes de ir nanar, estive aui numa das salas onde a revista do Kenya é feita a entreter-me com a internet.
Bom, antes de terminar quero ainda escrever o diário de ontem, 24, pois assim amanhã escreverei o de hoje, para nao me atrasar muito. De qualquer modo, aviso-vos já de que na semana que vem estarei fora vários dias , como tal, o diário será depopis actualizado antes de regressar à minha Coreia. Interessante é o facto de o tempo parece passar muito lentamente: estou ainda a meio ou pouco mais da minha estadia aqui no Kenya, o que é ótimo, pois claro que sim! Amanhã irei saber o que farei durante o fim de semana, pois de 30 a 1 de fevereiro conto ir ao norte visitar a família do meu colega keniano que faleceu na Coreia em 2005.
Pessoal, até mais...
Asante sana.

Fotos:
1. Eu com a secretária da paróquia nossa de Kahawa... bela, verdade?
2. Um dos miuditos do bairro de Soweto... adoro esta foto!
3. Meu colega Ugo com alguns muiditos da creche do bairro
4. Uma das ruas do bairro
5. Junto das novas casas de banho
6. Ministra da Saúde kenyana com arcebispo de Nairobi e uma senhora italiana
7. Uma das miudas de um grupo de uma escola que bailaram para o arcebispo e demais VIPs

Wednesday, January 24, 2007

Em pleno Forum...

22 Janeiro

Jambo jambo, pessoal!!!
Bom, este diário atrasou-se um pouco, pois ontem à noite estive com alguns colegas em amena cavaqueira e, como depois desta o sono não me deixava fazer mais nada, resolvi “contar as ovelhas e metê-las todas no curral”.
Hoje é já 4ª feira 24, último dia do Fórum (amanhã será feito o encerramento oficial, o qual iniciará com uma maratona que percorrerá alguns dos bairros-de-lata da cidade), e passando já das 11h da noite, vou resunir o que fiz na 2a feira 22. Este foi um dia exclusivamente dedicado ao Fórum, mas não houve nada de especial, excepto uma conferência que me cativou o interesse: era sobre o problema da Sida, em especial na África do Sul. Falavam várias senhoras, portadoras o vírus da Sida (HIV)e descreviam a sua situação pessoal de sofrimento, discriminação e cruz, bem como a do povo sul-africano em geral. Ou seja, o Aparteheid político terminou, mas continua o económico, através do qual os negros ou a maior parte deles continua sofrendo imenso. As vítimas da Sida são pertiularmente discriminadas, pois esta doença é ainda considerada tabú e, como tal, ser portador de Sida significa praticamente “estar já morto” diante da sociedade. Quando se juntam Sida com ‘mulher’, a situação e o nivel de discriminação são ainda maiores. No fim da conferência (que, na vardade, foi mais uma troca de esperiências e opiniões), os meus colegas da Itália entrevistaram 3 das vítimas, enquanto que eu os fotografava. De facto, neste Fórum tenho andado sempre com 2 colegas italianos, um dos quais futuro director da nossa revista italiana (Ugo Pozzoli, que ontem vos apresentei com foto) e um dos encarregados da animação missionária, António Rovelli, o qual trabalhou vários anos no Uganda. Assim, o Rovelli faz as perguntas, o Ugo grava e eu fotografo. Há ainda um nosso colega italiano que nos procura ou interpela as pessoas que entrevistámos. É um trabalho muito interessante, pois dá-nos a possibilidade de conhecermos não só pessoas de países, contextos e experiências diferentes, como de saborearmos o Fórum na sua totalidade, pois este é precisamente um encontro mundial.
Bom, depois do tacho assistimos a algumas pequenas conferências aqui e ali; nalgumas delas nem 5 minutos ficávamos, pois não nos interessavam tanto. Pessoalmente, poderei depois com calma preparar material para a nossa revista lá na Coreia com elementos que fui apanhabdo com os meus colegas, pois levarei comigo as entrevistas que fizemos, bem como alguns dos panfletos que fui recolhendo aqui e ali, de modo a poder depois, visitando vários sitos na net, elaborar material relativo a várias questões que são fundamentais: paz, justiça social, direitos humanos (sobretudo das mulheres e crianças), água, agricultura...
À noite, tivemos o nosso primeiro encontro das revistas, no qual começamos a apresentar-nos formalmente aos outros colegas do mesmo “ramo profissional”, de modo a conhecer as revistas e o seu contexto, bem como podermos planificar não só este encontro, mas o futuro. Falarei da nossa coreana no encontro de 5a feira, 25.
Bom, deixo que as fotos falem por si...

1. Meus colegas com africanas residentes em Itália
2. Alguns dos participantes no encontro sobre Sida
3. Uma das principais intervenientes sobre a Sida, ela própria vítima da doença
4. Durante o tacho com alguns colegas
5. Tribal keniana
6. Um brasileiro em versão bíblica
7. Uma bela africana

Um abração keniano

Asante sana

Monday, January 22, 2007

Um outro mundo e' possivel...

21 Janeiro

Jambo, minha gente!
Eis que iniciaram os trabalhos do Fórum Social Mundial, os quais são inúmeros e variados, cobrindo imensas áreas de interesse a todos os níveis. Bom, do início: após a missa e pequeno-almoço, partimos para Kasarani, local onde se encontra o complexo desportivo Joseph Kenyatta, ou seja, feito em memória do primeiro presidente desta nação. A área é enorme e está tudo bem organizado. Porém, este primeiro dia foi de andar a “fazer reconheci,emto do terreno”, pois como referi à pouco, as actividades são uma infinidade. De facto, são mais de 1000. (Uma correcção: hoje estive a reler este meu diário e vi um erro: quando falei da escola da Consolata que os nossos têm aqui em Nairobi e que fica mesmo ao lado da nossa casa regional, disse que os alunos eram mais de 100, mas na verdade são cerca de 1200!).
Bom, sendo domingo, o trafico matinal não era exagerado, bem pelo contrário. Após voltas ao recinto para nos darmos conta de como estão organizados os eventos, alguns de nós participamos em dois encontros ou debates: um contava com a mulher do falecido presidente francês, François Miterrand, sobre questões de ajuda à África; o outro era sobre sementes e pesticidas na Índia, orientado por uma economista desse mesmo país que tem “voto na matéria” e que denunciava as práticas criminais de uma organização co-fundada por um senhor mundialmente famoso, não só pelos programas de computador, mas pela sua veia altruísta: Bill Gates! Ou seja, a agricultura em muitas zonas da Índia está sendo destruída por projectos que supostamente deveriam proporcionar o seu desenvolvimento; ora, a Dra. Sadhiva (ou algo assim) alertava os africanos para este problema, pois a orgnização do Bill gates e outras estarão eventualmente pensando introduzir este projecto também em África. Foi muito interssante, pois ela falava com muita expressividade e conhecimento na matéria. Após o almoço numa das muitas tendas montadas para o efeito (esta situada longe do recino principal ou estádio de modo a evitar multidões), andamos a espreitar aqui e ali, até que por volta das 5h da tarde regressámos a casa. Estávamos todos cansados, mas contentes com a experiência; após um duche maravilha, dormi um pouco, pois estava não só cansado como tostado. Sim, de manhã tinha colocado creme solar de protecção, mas a quimada de ontem foi tão acentuada que demorará tempo a desaparecer o vermelhãop que levo nos braços e pescoço. Enfim, é parte da experiência de estar em África e a 1800m acima do nível do mar.
À noite, após a janta, fizemos um primeiro encontro de revisão do dia, juntamente com os padres ligados ao sector da Justiça e Paz da África; depois, separámo-nos e tivemos o nosso encontro das revistas, de modo a programar esta semana que temos pela frente. Antes da nana, escrevo este diário; não conseguirei ainda pô-lo em dia, mas pelo menos podeis ficar com uma ideia do que se passa por cá. O Fórum será, a meu ver, um encontro de ideias, perspectivas, opiniões e propostas, sem que necessariamente se tomem decisões. É um local onde todos os que sonham e lutam por um mundo melhor, sobretudo procurando alternativas ao capitalismo, podem juntar-se e trocar ideias e experiências. O tema do mesmo é “Another World is Possible”, ou seja, “Um outro mundo é possível”. Veremos o que o dia de amanhã nos proporciona... Agora, acredito que me é possível terminar o dia mais cedo e, como tal, evitar que o diário hoje seja tão lungo como o dos dias anteriores. eheheheheheh
Ficai bem e que o nosso Amigão vos proteja sempre
Deixo-vos a legendagem das fotos...
1. com Ugo Pozzoli, meu colega de seminario em Londres e actualmente trabalhando na nossa revista na Italia
2. Danielle Miterrand sendo entrevistada pelo nosso vice-superior geral e meu colega Ugo
3. a Dra Sadhiva
4. uma participante de uma tribo africana, creio que do Kenya
5. uma das mais jovens participantes no Forum
6. um anfiteatro e participantes

Sunday, January 21, 2007

E comecou a festa...

20 Janeiro

Jambo, minha gente!
Pois é, começou hoje o Fórum Mundial Social, razão pela qual, juntamente com os encontro dos diretores das revistas do nosso Instituto, estou aqui no Kenya. Creio tratar-se de um evento que com o passar dos anos tem vindo a crescer em significado no contexto dos grandes encontros internacionais de carácter social.
Claro, como não podia deixar de ser... fartei-me de tirar fotos e, estando Nairobi a cerca de 1800m acima do nível do mar, apanhei um escaldão dos diabos, sobretudo os braços e pescoço. Certo, amanhã colocarei protecção solar, senão vou virar carne de churrasco. Saímos de casa cedo, em direcção à catedral da Sagrada Família de Nairobi, de onde sairia uma marcha ecuménica; mas após ter visto o ambiente, decidi juntar-me a alguns colegas meus e fomos directos ao parque Uhuru, local onde se iniciou e terminará este Fórum Mundial. Não estava lá muita gente, mas aos poucos a espaço foi sendo invadido por milhares de pessoas, a maioria habitantes de Nairobi, sobreetudo de vários bairros-de-lata, incluindo de Kibera, do qual já vos falei.
Sendo este dia o primeiro, foram feitos vários discursos introdutórios e de boas vindas; de figuras públicas que eu conhecesse, vi duas: o antigo presidente da Namíbia, Kenneth Kaunda, e o criador do Fórum Siociual Mundial, ... um brasileiro de quem não lembro agora o nome. Vou procurá-lo na net. Encontrei: chama-se Chico Whitaker. Enquanto ele falava, foi interrompido por membros de um grupo religiosos que não onheço, mas que parece ser uma espécie de seita aqui no Kenya. À medida que os vários grupos iam desfilando, as pessoas dançavam ao som de ritmos vários; adorei ver muita gente dançando, curtindo a música e o faco de estarem reunidos todos à volta de uma causa comum: a de denunciar sistemas injustos (nomeadamente capitalismo e neo-liberalismo) e, ao mesmo tempo, de se proporem, discutirem e programarem propostas e formas alternativas. Esrá esta a tónica dominante deste mega-encontro. Porém, nõ creio que estivessem presentes mais de 50 mil pessoas; a organização, nates do início do mesmo, falavam em cerca de 100 mil pessoas, mas creio que serão à volta de metade ou pouco mais. De qualquer modo,é muita gente! Adorei sobretudo fotografar gente de vários países e culturas; lamento porém não ter um máquina melhor, mas tê-la-ei em breve. De qualquer modo, fartei-me de fotografar e de andar de um lado para o outro, entre a multidão. Encontrei uma simpática “alfainha”, a qual, tal como eu, partcipava pela primeira vez num Fórum destes. Podeis vê-la aqui no blog, bem como outras fotos que tirei. Sim, já coloquei as fotos no computador e, como tal, a partir de hoje as fotos serão as que vou tirando.
Bom, o tempo foi passando, a brasa do sol continuava a esquentar (se bem que só senti o efeito chegando a casa!) e a coisa começava a tornar-se monótona. Assim, e porque às 2.30h da tarde estava ainda sem comer, fui procurar uma t-shirt do Fórum com um semina nosso italiano que estuda cá no Kenya, mas não havia; assim, fomos almoçar e ele aproveitou para desabafar comigo sobre vários temas, pois viu que comigo podia estar a vontade. De facto, agradeceu-me por tê-lo escutado e aconselhado; certo, não fiz mais do que entendê-lo, até porque a minha experiência tinha elementos comuns. Afinal, também fui semina e do mesmo Instituto...
Voltámos a casa no mini-autocarro da escola da Consolata e... não me lembro da última vez que um duche m soube tão, mas tão bem: é que o parque era super-poeirento e, como tal, não so estava queimado, como todo sujo. Descansei um pouco antes de vir aqui à sala de computadores (melhor, a uma das salas da nossa revista aqui do Kenya, que se chama “The Seed”, ou seja, ‘A Semente’). Sim, porque não tenho laptop (pc pessoal), mas quando for ao Brasil terei de levar um, pois é muito conveniente tê-lo e assim poder trabalhar quando e como quiser.
Bom, creio que este evento será muito rico, pois são mais de 1000 as actividades programadas; estas serão constituídas sobretudo por conferências ou discussos às quais pode participar quem quiser; há alguns nomes sonantes, provenientes de vários países e contextos, mas como sou muito ignorante em relação a eles, o meu maior intersse será elaborar um ideia deste evento de modo a poder depois apresentá-lo ou descrevê-lo aos nossos coreanos. O local do Fórum será o estádio de Kenyatta (primeiro presidente do Kenya); passei lá perto quando fui jantar a casa da irmã do meu colega kenyano que está comigo na Coreia.
À noite, após a janta e um intervalo, fizemos um encontro em conjunto com alguns nossos missionários que trabalham em vários países da África e que fazem prte da comissão Justiça e Paz do nosso Insituto, razão pela qual perticipam também nesta Fórum. Vamos ver então como irão decorrer as coisas. O ponto alto de hoje foi a inauguração do Fórum; vi alguns coreanitos, mas não deu para falar com eles.. Terei é de ver se um dia destes dá para encontrar a coreana de que vos falei, pois sendo ela uma leiga missionária, terei de aproveitar e entrevistá-la, de mod a enriquecer a nossa revista, pois uma coisa é falar de missionários em ge4ral, outra é apresentar casos concretos de missionários coreanos.
Bom, vou nanar, pois estou arrebentado. Eis as legendagens das fotos:

1. Eu com uma irmã da paróquia de Cristo Rei e padre Francisco, missionário mexicano de Guadalupe
2. Miudito da Kibera
3. Com a fmilia do Peter; a mae é a senhora à direita e a irmã dele ao lado dela.
4. Com um meu antigo professor de Londres
5. Com a alfacinha
6. Panoramica do evento

Asante sana...