Wednesday, June 13, 2007

Enquanto uma "melga" me melga... resto da cronica!

Chongju, 12 Junho 07

Anyong de novo, minha gente.
Pois é, isto de não actualizar o blog causa, por exemplo, falhas de memória relatives à password do mesmo, ou seja, como não consigo lembrar-me dela… não consigo abrir o meu blog! Assim que tereis de esperar até amanhã para que possais ficar actualizados relativamente às minhas aventuras missionárias e asiáticas!
Bom, para quebrar o ritmo e ver gente que fazia tempo que não via, decide vir até esta cidade no centro da Coreia, de modo a visitar duas freirinhas capuchinhas; estão aqui duas de momento, pois a chefa foi de férias; elas recebem crianças, melhor, meninas de famílias com vários tipos de dificuldade: são 6, de várias idades mas só até aos 12. A mais novinha, com 3 anitos, é a mais fofinha e simpática; aparecerá daqui a umas duas horas (5h da tarde). Venho cá de vez em quando, pois assim aproveitam para se confessarem e eu para passar um tempo com as crianças que são uns amores! Faz bem sair de vez em quando do ritmo quotidiano e, tendo eu esta possibilidade, desfruto-a sempre que posso! Faz-me um bem que nem imaginais, pois sou alérgico a rotinas.
Bom, a missa do domingo correu muito bem; veio uma família que participou pela primeira vez e houve também feijoada, se bem que não à brasileira… mas parecida e, como tal, estava muito boa.
Grupo que participou na missa
Festejamos também o aniversário da Maria Joelma, casada com um coreano; são um casal muito simpático, tal como os demais brazucas com quem costume celebrar a eucaristia.
A Joela e o marido Richard

Como sabeis é, um momento muito especial este da nossa missa mensal. Depois, fui ver o “Shrek 3”, o qual me fez rir imenso. Adoro uma boa gargalhada, como sabeis! Mas antes ainda fui visitar a famosa prisão de Sodemun, a qual virou museu: são descritas as atrocidades cometidas pelos japoneses aquando da ocupação da Coreia pelos mesmos. Claro, os colonialistas nunca foram “generosos” com os ocupados, sejam eles de que país forem! Estes nossos coreanos sofreram imenso, não haja dúvida. Isto das guerras, conflitos e violência é certamente um dos maiores mistérios que a humanidade tenta esclarecer…

Pavilhao tradicional perto da prisao-museu de Sodemun noite na casa de um dos brasileiros, pois ontem teria que voltar a Seúl e assim poupei tempo e forças; é, ainda ando com o sono atrasado por causa da peregrinação. Ontem fui então almoçar com um casal brazuca, juntando-se a nós duas estudantes, uma chilena e outra chinesa, as quais são colegas do meu amigo brazuca e que eu conheço também.
Amanhã e 5a feira terei tempo para terminar os artigos da próxima revista, de modo a ir ao Brasil e fazer o curso descansado; na 6a feira terei de ir às compras com algumas benfeitoras nossas, para a nossa festa da Consolata deste domingo, a qual incluirá um bazar para recolha de fundos para ajudar vários projectos no Kenya. A Julho 28 partirão 13 jovens coreanoss, com 2 paadres nossos, para um campo de trabalho e voluntariado nesse país africano e o dinheiro é para apoiar os projectos em que eles irão prestar ajuda. São 3: com crianças da rua, idosas abandonadas e ajuda na construcção de um edifício. Estes projectos são levados a cabo por missionários nossos. E o objectivo de os levar ao Kenya é de formar depois com eles um grupo de jovens; sonhamos com a possibilidade de num futuro enviar jovens leigos missionários para as missões. A ver vamos... Este campo de trabalho é, digamos assim, a actividade de convocatória.
Quanto à revista, falatam-me preparar dois números; regressando depois em Novembro, teremos de rever os conteúdos e mudar um ou outro. Creio que seguirei sendo o seu editor por vários anos, mas até quando mninguém sabe. Não me preocupo, pois é algo que adoro fazer, pois, entre outros aspectos, permite-me viver a missão de forma interessante e dinâmica, pois realizá-la e difundi-la implica ir aqui e ali, viajar de vez em quando, bem como conhecer gente interessante, etc.
Bom, falando na revista… vou aproveitar para começar um artigo do próximo número antes de ir nanar a sesta. Renovo os votos de que tudo esteja bem com vocês; amanhã prometo colocar os textos e fotos no blog. No fundo deste texto dedicarei algumas frases a amigos meus italianos, os quais não podendo entender tudo o que está escrito no blog, podem ao menos ter a noção do que digo através das fotos e de palavras parecidas com as italianas.
Que o nosso Amigão vos abençoe, sempre
Unidos na amizade e na missão
Vosso tugacoreano
EU

P.S. Adesso voglio salutare i miei carissimi amici italiani.
Ciao, cari. Vi ho ricordato anche durante il nostro pellegrinaggio; andando a trovare i miei a casa mi, loro vi hanno ricordato anche e salutato tanto. Spero di rivedervi tutti l’anno prossimo. Giorgio ed Elisa, come sta mia nipotina Alice? Andrea e Francesca continuano crescendo tanto, vero Max e Sara? Vittorio, ricordati che dobbiamo visitare Assisi l’anno prossimo. Come potete vedere, il pellegrinaggio è andato benissimo, nonostante la pioggia; è stata veramente un’esperienza di Dio e con Dio attraverso l’esperienza dei santi. Anche per me fu un’esperienza molto intensa e profonda, ma il momento alto è stato, naturalmente, poter trovare i miei, i quali stanno bene, per quanto sia possibile. Come potete vedere dalle foto, i miei nipotini stanno enormi e bellissimi!!! Meno male che il tempo vola: tra un’anno, se Dio vuole, li rivedrò di nuovo. Spero anche che alcuni amici coreani possano venire a trovarmi per conoscere sia il Portogallo che parte della Spagna e Roma anche. Grazie ancora della vostra preziosa amicizia. Vi saluto con tanto affetto e amore. Che Dio vi benedica sempre! A presto…
Vostro
Álvaro

Tuesday, June 12, 2007

Peregrinacao em terras espanholas e "arredores" 2

Yokkok, 9 Junho 07

Anyong novamente, gente!
Bom, hoje é sábado e tenho pela frente um dia calmo; estou já descarregando para o meu computador as fotos que fiz na peregrinação. Agora que estamos na era digital, podia fazer fotos até dizer “chega”! E foi isso mesmo que fiz! Cerca de 2000!!! Aquilo é que foi “disparar”! Tanto que fiquei com o pulso doendo ainda mais, já que ele ia já meio dorido no início da peregrinação; mas já estou recuperando. Esta tarde irei a casa de uma das minhas amigas coreanas, uma senhora 100% pura simpatia e com quem fiz a missa por 8 meses em capelanias localizadas em duas pequenas ilhas, vai já para 6 ou 7 anos!!! Ficou uma amizade muito especial e duradoura; assim, hoje a filha dela irá dar um pequeno concerto para familiares e amigos no jardim da casa e estou também convidado. O filho dela estuda para ser chefe de cozinha, enquanto que o marido trabalha numa empresa estatal ligada à energia.
Voltando então à chegada a Portugal: estando já em território nacional, parámos na estação de serviço de Abrantes e logo lá matei as saudades dos pastéis de nata: como tinha comentado com a nossa guia coreana, numa conversa de café em Ávila, que os ditos cujos eram os meus preferidos, ela prontamente me ofereceu um (claro, o 2o paguei-o eu!). A chegada a Fátima ocorreu cerca das 7.20h da tarde: estávamos muito cansados, mas mais felizes ainda, pois a viagem tinha sido estupenda. Era bom voltar a casa, mas ao mesmo tempo tive a sensação que sempre tenho nos primeiros dias de férias em Portugal: parece que estou num outro mundo! Mas, aos poucos, os rostos, comidas, cheiros e ambientes tornam-se familiares! É uma sensação estranha e fantástica, ao mesmo tempo. O primeiro missionário que nos saúda é também o primeiro da Consolata português: o nosso caríssimo padre Carreira, ainda muito activo na nossa revista Fátima Missionária, entre outras actividades. É um exemplo espectacular de vivacidade e juventude de espírito; tem sempre histórias para contar e espero que se resolva a escrever as suas memórias, senão perder-se-á muita riqueza, sobretudo ligada ao nosso Instituto em Portugal. A janta, naturalmente, trouxe-me mais recordações, mas as maiores e melhores foras as que revivi… quando cheguei a minha casa, cansado mas imensamente feliz! Sim, após a janta e umas conversas, parti de carro emprestado para a minha terra Lordelo. Cheguei a casa já depois da meia-noite e mia, mas estive ainda na conversa com os meus por uma boa hora. Adormeci “roto” e louvando Deus por esse dom tão especial que me concedeu: poder reencontrar os meus bem, por quanto seja possível. E os meus sobrinhos??? Estão enormes, saudáveis e lindíssimos; sim, sou um tio muito babado. Podereis constatar pela foto deles que não estou exagerando!
Bem, o dia seguinte foi como que uma mini-reprodução do que costumam ser os 3 meses de férias na terra: visitas atrás de visitas.

Com meus pais e sobrinho Angelo (miei genitori e nipote)

Mais do que contar como tenho andado, passo a maior parte ouvindo familiares e amigos que me contam as suas histórias, algumas delas bastante dramáticas. Tento ser e dar consolação e, como tal, acabo sempre por desistir de programar as visitas, pois em certos casos tenho de dar mais tempo que o previsto, pois as pessoas estão em primeiro lugar. Certo que acabo depois por andar a correr, mas ao menos tento estar presente, sabendo que por pouco que seja para elas o simples recordá-las é já muito. E assim esqueço-me do cansaço, do sono, de mim para me dar o mais possível. Passei a manhã visitando familiares;

Em minha casa, tambem com minha irma (anche con mia sorella)

almocei em casa, enquanto que a janta foi em casa dos meus avós maternos. Não descansei um minuto, mas também não precisava, pois teria tempo de sobra para o fazer na viagem de regresso à Coreia.

Com meus avos maternos (nonni materni)

Fui também a casa do meu mano, claro, embora chegasse uma hora depois do previsto: como consequência, tivemos de acordar os meus sobrinhos, o que não foi fácil. Mas, uma vez acordado, foi impecável, tanto que não queriam dormir novamente.

Com meu irmao e sua familia (mio fratello e cognata e nipoti)

Ainda bem que para o ano que vem irei de ferias, pois foi duro ter de os deixar, bem como aos meus pais e restantes familiares e amigos. Fiz várias fotos, claro, de modo a poder matar as saudades com o passar do tempo; certo, a minha terra agora é a Coreia, mas a nossa terra natal nunca sai da mente e do coração, como é óbvio.

Com minha sobrinha e afilhada (con mia nipote)

Acabei o dia na casa de uma família amiga: pena ser já muito tarde e não ter dado para mais. Mas foi muito bom, muito bom mesmo! Passava já da 1.30h da manhã quando me meti à estrada rumo a Fátima. Ora bem, um conselho: não aconselho ninguém a fazer o que fiz, pois ia com uma carga de sono monumental; a meio caminho, parei para esticar o pernil, lavar-me e refrescar-me, pois estava de rastos; graças ao Espírito Santo e à ausência de tráfico, cheguei são e salvo a Fátima, batiam as 4h! Admito que arrisquei um pouco, mas ia também consciente do que fazia, pois a segurança nunca é de descurar!
Prometo-vos não repetir a dose!
Após 5 horas de sono profundo, um café bem forte ajudou-me a recuperar a consciência, a qual era bem necessária para a missa de encerramento da viagem, pois no sábado não era possível fazê-la e a de domingo seria já na Coreia. Como em todas as missas desta peregrinação, o ambiente foi muito familiar, sobretudo no momento da paz; este foi antecipado para o momento inicial da reconciliação, de modo a sarar uma pequenas feridas resultantes de um ou outro pequeno desentendimento entre algumas pessoas. Como estas eram quase insignificantes, foi um momento de troca de paz e amizade sinceras! Antes da oração final, cada representante dos pequenos grupos exprimiu o parecer dos mesmos: a avaliação global foi extremamente positiva! Bem hajas, Amigão!
Após a missa, houve tempo para visitar o nosso museu etnológico e missionário, bem como mais compras. Lisboa foi o rumo da tarde; começamos pela Baixa, indo depois para os Jerónimos; pena não ter dado para visitar o claustro, meu “prato preferido” do mosteiro; no fim, a Torre de Belém, com um significado muito especial, pois foi dali que partiram os nossos missionários para vários pontos do globo… Ásia incluída! À noite, janta num chinês e ida para o Praia Mar, em Carcavelos.
Sábado 2 foi dia de regresso a casa: após uma longa viagem, celebrámos a última missa, no aeroporto, antes de cada um regressar aos seus e, acredito, contar as maravilhas que Deus operou em cada um deles nestas duas semanas inesquecíveis! Foi isto precisamente que fiz… mas só após ter dormido 5 horas, pois estava exausto! Certo, esta exaustão era parte do meu louvor, pois significava que tinha corrido tudo bem.
Assim que, de regresso a “casa”, o trabalho da revista esperava ser completado: eis como passei esta minha semana, mas com um intervalo pelo meio, encontrando duas senhoras que certamente irão a Portugal no ano que vem. Fui ver um filme coreano com elas, bastante bom e dramático, filme pelo qual a actriz principal venceu o prémio de melhor no ramo dela no Festival de Cannes deste ano! Amanhã farei a missa com um pequeno grupo de brazucas: é a nossa missa mensal, um momento de encontro, partilha e amizade muito bom e que os ajuda, tal como a mim, a confrontar a vida com Deus e a colocar tudo na perspectiva do plano e amor de Deus para connosco. Certo, para mim esta missa tem um “sabor” muito especial, pois é feita na nossa língua.
E fico por aqui, senão acabareis por adormecer! Prometo não demorar muito com o próximo relato. Ficai bem e que o nosso Amigão vos proteja sempre.

Ai miei amici italini scrivero` qualche riga nel messaggio di domani.
Unidos na amizade
Vosso amigo e mano tugacoreano

Peregrinacao em terras espanholas e "arredores" 1







Yokkok, 8 Junho 07

Anyong, minha gente!!!

Sim, faz “séculos” que não comunico o que por cá tenho feito. Na verdade, as razões são muitas e variadas, mas a mais importante é que… não o fiz antes porque quis, com algumas amigas, fazer uma surpresa a uma amiga nossa. É que… tcham tcham tcham… ESTIVE EM PORTUGAL A SEMANA PASSADA!!! Perdoem-me se não vos contei antes, mas acontece que queria fazer uma surpresa e resultou!!! Bom, mas antes de vos contar como foi possível ter estado em território nacional quase de um dia para o outro, deixai-me começar pelo início do mês de Maio. Nada de extraordinário aconteceu até ao dia 7, no qual durante a nossa reunião comunitária foi decidido que um de nós iria ter de acompanhar o Pedro Louro, meu colega tuga, o qual ficaria depois em Portugal para gozar as merecidas ferias tri-anuais. As nossas zeladoras “exigiram” que um outro fosse com o grupo de 30 benfeitores nossos, pois se iam numa peregrinação organizada pela Consolata, teriam de voltar com a Consolata. Claro, não insisti em ir, até porque o meu chefe não me queria deixar ir: já estive no Kenya no início do ano e dentro de cerca um mês e 10 dias estarei voando para o Brasil! Assim que estava for a de questão ser eu a ir também; só que, após termos visto que só 2 estariam disponíveis para acompanhar o grupo de peregrinos, insisti que eu estaria disponível, pois tratava-se de trabalho e não “era culpa minha” se tivesse de ir. Dado que o outro disponível era… o chefe, chegámos à conclusão de que era melhor que eu fosse, também pelo elemento fotográfico: ou seja, eu poderia também tirar as fotos para depois fazer um álbum de recordação. Assim que o chefe lá concordou; havia também o facto de que estive desde o início empenhado, com o Pedro, na preparação desta peregrinação, como tal era bom que fosse eu. E assim foi: de um dia para o outro, vi-me incluído na viagem, para grande alegria dos meus pais, familiares e amigos… bem, dos poucos que sabiam por causa da tal surpresa. Telefonei logo para casa avisando a família, a qual estava contando ir ter comigo a Fátima, pois tal era o plano inicial. Mas estando a minha mãe “presa” a uma cadeira de rodas, em Espanha decidi que era melhor ir eu a casa, até porque assim poderia ver também meus avós e mais familiares e amigos. E assim foi. Estive n minha terra a 5a feira passada, dia 31 de Maio. Só foi um dia, pois em Portugal estivemos só 2 e qualquer hora, mas foi muito bom mesmo, como podeis imaginar.




Momento da partida no aeroporto de Incheon (20 maio)



Bom, ainda em relação à peregrinação: esta foi preparada durante mais de um ano, pois era centrada na vida de 5 santos espanhóis, razão pela qual a peregrinação foi quase toda preenchida com a Espanha, visitando a terra natal de Santa Teresa de Ávila (Ávila), São João da Cruz (Segóvia), São Domingos (Caleruega), São Francisco Xavier (Javier) e Santo Inácio de Loyola (Loyola). Mas não nos limitámos a visitar estas terras, como é óbvio: aterrando em Madrid, demos um salto a Toledo,



Vista parcial de Toledo



visitando depois a nossa casa da Consolata em Madrid (dia 21). Dia 22 foi dedicado a Madrid: Palácio Real e Museu do Prado, saindo de tarde para Escorial,



Mosteiro do El Escorial



onde visitámos o imponente mosteiro com o mesmo nome. Chegámos a Ávila à tardinha do dia. Dia 23: dia todo nesta linda cidade, circundada por um muralha que ainda resiste e bem.



Vista de Avila, com o centro antigo da cidde cercao pelas muralhas Dia 24: para Segóvia, mas como a chuva era tanta, a visita foi curta: só visitamos mesmo o Alcazar,


Eis o Alcazar, de varios seculos atras...


após um ótimo almoço, quanto à catedral, não deu para a visitar; à tardinha chegámos a Caleruega. Dia 25: visita a esta pequena vila, com missa no mosteiro de clausura… e com as freirinhas que lá se encontram, muito idosas e de uma simpatia enorme. O padre dominicano que nos guiou a visita foi também de uma simpatia extrema. Dali partimos para Pamplona, não para ver as corridas de toiros pelas ruas da cidade, mas apenas para pernoitar, dado que no dia seguinte visitaríamos Javier e dali… rumo a Lourdes, na França. Chegámos lá após uma maravilhosa viagem pelo meio rural espanhol e francês, sobretudo quando atravessámos os Pirinéus. As nossas coreanas, juntamente com os dois homens do grupo (membros de 2 casais), ficaram deslumbradas com tanta beleza; pena que estivesse chovendo, mas mesmo assim a natureza proporcionou-nos um espectáculo memorável! Valeu a pena ter ido por ali, mesmo que no lado francês tivéssemos apanhado um susto: a estrada principal de uma pequena localidade estava inundada e não podíamos passar; mas felizmente, a polícia indicou-nos uma Estrada paralela e lá nos foi possível retomar a estrada principal. Chegámos a Lourdes uma hora atrasados para a janta, mas contentes com o que tínhamos deslumbrado e com uma fome dos diabos!


Nosso grupo diante da basilica de Lordes


Falando em comer, os nossos coreanos não tiveram oportunidade de engordar uns quilitos como, por exemplo, eu, pois a comida coreana nada tem a ver com a nossa mediterrânea. Em Madrid, fomos duas vezes a restaurantes coreanos e em toda a viagem umas 4 ou 5 vezes a chineses, pois eram os únicos onde havia… arroz!!! É, não sabia que os “nuestros hermanos” comem tão pouco arroz!!! Quase nenhum, na verdade, pelo menos durante os 12 dias em que estivemos no território deles. Coitados dos nossos coreaninhos… mas felizmente não se lamentaram muito, até porque se habituaram quase de imediato a comer… pão!!!


Diante da gruta de Lourdes


Ficaram foi também muito satisfeitos com os hotéis onde pernoitámos, muito bem escolhidos pela nossa guia coreana que está em Espanha vai para 16 anos; na verdade, ela trabalha em associação parcial com a agência que escolhemos aqui na Coreia, assim que nos guiou muito bem, sempre por bons caminhos! Estava super informada e teve muito bom gosto; o hotel que mais deslumbrou foi o de San Sebastian, o qual fica num monte de onde se deslumbra toda a baía da cidade! Uma maravilha!!! Mas o Praia Mar, em Carcavelos, também não ficou atrás, pois estávamos de frente à praia.
Bom, em Lourdes ficámos bastante tempo: dia e meio! Deu para fazer tudo e mais alguma coisa, se bem que metade do tempo estivesse chovendo também; infelizmente, a chuva foi uma constante nesta viagem, mas até que não perturbou muito. Mais e muita mais razão de queixa têm os milhares de espanhóis e muitos franceses que sofreram consequências desastrosas por causa das chuvas. Assim que podemos agradecer o São Pedro de ter sido benévolo para connosco…
O dia mais longo e cansativo foi o de 3ª feira, 29 de Maio, quando viajámos desde San Sebastian, passando por Loyola e Burgos, até Salamanca.


Diante da belissima catedral de Burgos


Porém, contrariamente ao que eu previa, a gente não se queixou do cansaço, aceitando-o como natural. Claro, com uma moral assim é óptimo fazer viagens longas! Salamanca é lindíssima e, como não fica longe da nossa terra, aconselho-vos vivamente a lá irem, caso ainda não o tenham feito. Um passeio nocturno, com gelado à mistura, foi a forma ideal de terminar o dia. Foi muito bom mesmo!
Na manhã do dia seguinte, o coração batia bem mais forte, como era natural: estava a poucas horas de entrar no nosso país!!! A manhã foi passada em duas partes: Alba de Tormes, terra onde se encontram restos mortais de Santa Teresa de Ávila; na capela a ela dedicada celebrámos a missa. Depois, voltámos a Salamanca para visita à catedral e parte da universidade; ainda antes do tacho, tempo para umas rápidas compras. Claro, dizer a mulheres que só têm meia hora para compras é como dizer a um miúdo que tem 10 pastéis à frente para só comer um!!! Bem, se fossem pastéis de nata… eu até nem deixava nenhum!!! Assim que também aproveitei para comparar uma lembrancita para algumas das minhas fãs coreanas!!! É sim, se um não as mantém elas vão-se… ahahah !


Salamanca: Plaza Mayor `a noite! Deslumbrante!


O almoço foi num restaurante chinês, mas devo dizer (sem pretender estar com ares de nacionalista!) que os chineses que estão em Portugal cozinham melhor que os da Espanha.

Pormenor do teto da catedral de Salamanca

E partimos então rumo à nossa terrinha, carago!!! Que emoção!!! Afinal, passaram 2 anos já. Sim, é incrível como o tempo passa! Mas… estando já esta crónica muito adiantada, o relato da aventura em terras lusas fica para amanhã, ok?
Tenho as ovelhas já prontas a serem contadas e, como o sono aperta, tenho mesmo de ficar por aqui! Abraços…