5a feira, 27 Julho 06 (parte 3)
Anyong de novo!
Começo com um aviso técnico: as fotos que colocarei não estão relacionadas com o texto, por isso no fim deste dar-vos-ei a explicação de cada uma. Bom, enquanto vos escrevo oiço não só o impecável novo CD dos Depeche Mode (uma das minhas bandas preferidas), intitulado Playing the Angel, como também a chuva que não tem parado de cair. Sim, este é o tempo dela, por isso não me posso queixar; quem se queixa são os que sofreram c
om as inundações, perdas de propriedade e, em certos casos mais graves, de familiares, não só aqui na Coreia, como em outros países desta Ásia Oriental: China, Japão, Taiwan, Indonésia… Se bem que as chuvas de monção sejam uma ocorrência anual, o clima tem-se deteriorado também por estas bandas do planeta, tanto que as famosas 4 estações estão cada vez mais tornando-se coisa do passado. É, a natureza, quando atacada, responde da única maneira que conhece: naturalmente!Falando em chuva, lembrei-me de uma anedota sobre 2 alentejanos. Diz um para o outro: “Compadre, vai chover!” Responde o outro: “Vai tu!”
Bom, ontem fui entrevistar um missionário Filipino para a nossa revista; um dos artigos da mesma é dedicado a missionários estrangeiros que trabalham aqui na Coreia; a ideia é apresentar aos nossos benfeitores outros missionário, provenientes dos quatro cantos do mundo e dedicados às mais diversas actividades de evangelização e promoção humana. O de ontem é dos Missionários do Verbo Divino, está na Coreia há quase 20 anos e trabalhou desde sempre com emigrantes estrangeiros,
sobretudo com filipinos. A maior parte destes emigrantes trabalha em situação de ilegalidade e, como tal, passam por experiências muito difíceis; porém, sujeitam-se a quase tudo para ganhar algo que no país dele é uma fortuna. Actualmente, o padre Eugénio está envolvido com uma casa de apoio a crianças de famílias estrangeiras em que o casal, trabalhando, necessita de um lugar onde deixar os filhos bebés ou crianças pequeninas. Actualmente, a casa que visitei acolhe 10 crianças; há também um centro de apoio (de vários tipos e serviços) aos emigrantes; o padre Eugénio faz também, serviço religioso com os emigrantes católicos, sobretudo Filipinos e Nigerianos. É um serviço fundamental e precioso; gostei muito desta experiência.Voltei depois para casa e após uma sesta merecida, fui passear com uma cara amiga, a qual desabafou comigo sobre problemas na paróquia onde é secretária; é a mesma paróquia onde estive um ano e, como tal, somos bons amigos. Fomos até uma zona de praias (mas nada comparadas com as nossas praias, sobretudo do Algarve e arredores!) e, embora estivesse o céu carregado de nuvens prontas a descarregarem toneladas de água, pudemos dar um passeio ao longo da praia antes que o dilúvio iniciasse. Jantámos depois ali perto e tornámos a casa.
É, sei bem como harmonizar trabalho e lazer; de facto, costumo aproveitar as 4as feiras para encontrar amigos, pois não sou dos que gostam de estar sempre em casa. Felizmente, o tipo de trabalho que faço oferece-me a possibilidade de sair bastante e a
té de dar uns bons passeios uma vez por outra, seja para entrevistar alguém ou para um fim-de-semana missionário numa qualquer paróquia. De facto, em Setembro e Outubro farei 2 no sul da Coreia, um em cada ponta da mesma.Quanto a hoje, passei a manhã fora de casa, apesar do dilúvio que começou de madrugada. Fui com um colega meu fazer algo que se faz só na Coreia e que é um modo legal de roubar dinheiro aos estrangeiros!!! Ou seja, fui pedir o carimbo no passaporte que me permite reentrar na Coreia após uma saída ao estrangeiro… neste caso, à Mongólia. E, claro está, paga-se bem caro! Enfim… Depois, fomos às compras ao Carrefour. Sim, também há Cerrefour aqui na Coreia, se bem que desde há uns meses a esta parte não seja mais francesa, mas coreana; vou lá de vez em quando, pois tem certos produtos europeus que só se encontram ali… tipo Nutella (chocolate para barrar; é um hábito que ganhei na Itália), lasanha, etc. Dado que o meu colega italiano está na outra comunidade (onde estive 3 anos até Setembro do ano passado), fui buscá-lo e levá-lo a casa… e aproveitei para almoçar com os meus 3 colegas que lá estão (os quais vereis numa das fotos que tentarei colocar nesta mensagem). Voltei depois para casa e fiz uma mega sesta, pois quando o tempo está de chuva a “morrinha” é muito maior!!!
E assim vou vivendo esta minha missão, ora com a revista, ora com outras coisas e pessoas. Confesso, porém, estar um pouco cansado, pois afinal 10a nos são tantos. É por isso que espero também com c
erta ânsia o curso de renovação, que dura 3 meses, para missionários jovens (com cerca de 10 anos de ordenação ou de profissão religiosa, no caso dos irmãos e irmãs). Parece que o organizarão o ano que vem, certamente na Itália (mas nada – data e local - está ainda confirmada) e, como tal, este vosso mano será um dos participantes. Mas… como isso é só para o ano que vem e Julho deste ano ainda não acabou, prefiro concentra-me no momento presente.E falando em momento presente, é quase tempo de ver as notícias do dia. Colocarei as fotos (esperando conseguir) e mais tarde continuarei este meu “diário made in Internet”.
Espero-vos todos bem e desejo-vos felicidade
Unidos na amizade e oração recíproca ...
Quase me esquecia (e', tou a ficar velhote!!! eheheheh): aqui vai a legendagem das fotos.
1. Visita com nosso vice-superior geral (primeiro `a esq) e com o superior da Mongolia (terceiro) e 2 colegas meus ao templo de Pulguk, o mais famoso na Coreia. Este passeio ocorreu no fim do passado mes de maio .
2. Uma beleza coreana encontrada enquanto nesse passeio visitavamos um outro templo budista.
3. Um dos palacetes de um parque reconstruido: era um dos mais famosos parques de recreio dos imperadores coreanos nesta zona do sudeste coreano, zona da cpital do reino de Shilla (faz uns seculos que foi capital a cidade de Kyongju), onde estao os locais destas 3 primeiras fotos.
4. Nossa comunidade (falta um colombiano, que na altura estava de ferias) com o vice-geral e o superior da Mongolia. Ajoelhados, esq. para dir: Pedro Louro (tuga), Stefano Camerlengo (vice-superior geral, italiano), Jair (colombiano), Ciril (congoles) e Eugenio (espanholito). Em pe: Peter (Kenya), Giampalo (Italia), Tamrat (Etiopia), vosso mano (eu), Ernesto Viscardi (superior da Mongolia) e Diego, nosso superior aqui na Coreia.
Anyong!
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