Tuesday, June 12, 2007

Peregrinacao em terras espanholas e "arredores" 1







Yokkok, 8 Junho 07

Anyong, minha gente!!!

Sim, faz “séculos” que não comunico o que por cá tenho feito. Na verdade, as razões são muitas e variadas, mas a mais importante é que… não o fiz antes porque quis, com algumas amigas, fazer uma surpresa a uma amiga nossa. É que… tcham tcham tcham… ESTIVE EM PORTUGAL A SEMANA PASSADA!!! Perdoem-me se não vos contei antes, mas acontece que queria fazer uma surpresa e resultou!!! Bom, mas antes de vos contar como foi possível ter estado em território nacional quase de um dia para o outro, deixai-me começar pelo início do mês de Maio. Nada de extraordinário aconteceu até ao dia 7, no qual durante a nossa reunião comunitária foi decidido que um de nós iria ter de acompanhar o Pedro Louro, meu colega tuga, o qual ficaria depois em Portugal para gozar as merecidas ferias tri-anuais. As nossas zeladoras “exigiram” que um outro fosse com o grupo de 30 benfeitores nossos, pois se iam numa peregrinação organizada pela Consolata, teriam de voltar com a Consolata. Claro, não insisti em ir, até porque o meu chefe não me queria deixar ir: já estive no Kenya no início do ano e dentro de cerca um mês e 10 dias estarei voando para o Brasil! Assim que estava for a de questão ser eu a ir também; só que, após termos visto que só 2 estariam disponíveis para acompanhar o grupo de peregrinos, insisti que eu estaria disponível, pois tratava-se de trabalho e não “era culpa minha” se tivesse de ir. Dado que o outro disponível era… o chefe, chegámos à conclusão de que era melhor que eu fosse, também pelo elemento fotográfico: ou seja, eu poderia também tirar as fotos para depois fazer um álbum de recordação. Assim que o chefe lá concordou; havia também o facto de que estive desde o início empenhado, com o Pedro, na preparação desta peregrinação, como tal era bom que fosse eu. E assim foi: de um dia para o outro, vi-me incluído na viagem, para grande alegria dos meus pais, familiares e amigos… bem, dos poucos que sabiam por causa da tal surpresa. Telefonei logo para casa avisando a família, a qual estava contando ir ter comigo a Fátima, pois tal era o plano inicial. Mas estando a minha mãe “presa” a uma cadeira de rodas, em Espanha decidi que era melhor ir eu a casa, até porque assim poderia ver também meus avós e mais familiares e amigos. E assim foi. Estive n minha terra a 5a feira passada, dia 31 de Maio. Só foi um dia, pois em Portugal estivemos só 2 e qualquer hora, mas foi muito bom mesmo, como podeis imaginar.




Momento da partida no aeroporto de Incheon (20 maio)



Bom, ainda em relação à peregrinação: esta foi preparada durante mais de um ano, pois era centrada na vida de 5 santos espanhóis, razão pela qual a peregrinação foi quase toda preenchida com a Espanha, visitando a terra natal de Santa Teresa de Ávila (Ávila), São João da Cruz (Segóvia), São Domingos (Caleruega), São Francisco Xavier (Javier) e Santo Inácio de Loyola (Loyola). Mas não nos limitámos a visitar estas terras, como é óbvio: aterrando em Madrid, demos um salto a Toledo,



Vista parcial de Toledo



visitando depois a nossa casa da Consolata em Madrid (dia 21). Dia 22 foi dedicado a Madrid: Palácio Real e Museu do Prado, saindo de tarde para Escorial,



Mosteiro do El Escorial



onde visitámos o imponente mosteiro com o mesmo nome. Chegámos a Ávila à tardinha do dia. Dia 23: dia todo nesta linda cidade, circundada por um muralha que ainda resiste e bem.



Vista de Avila, com o centro antigo da cidde cercao pelas muralhas Dia 24: para Segóvia, mas como a chuva era tanta, a visita foi curta: só visitamos mesmo o Alcazar,


Eis o Alcazar, de varios seculos atras...


após um ótimo almoço, quanto à catedral, não deu para a visitar; à tardinha chegámos a Caleruega. Dia 25: visita a esta pequena vila, com missa no mosteiro de clausura… e com as freirinhas que lá se encontram, muito idosas e de uma simpatia enorme. O padre dominicano que nos guiou a visita foi também de uma simpatia extrema. Dali partimos para Pamplona, não para ver as corridas de toiros pelas ruas da cidade, mas apenas para pernoitar, dado que no dia seguinte visitaríamos Javier e dali… rumo a Lourdes, na França. Chegámos lá após uma maravilhosa viagem pelo meio rural espanhol e francês, sobretudo quando atravessámos os Pirinéus. As nossas coreanas, juntamente com os dois homens do grupo (membros de 2 casais), ficaram deslumbradas com tanta beleza; pena que estivesse chovendo, mas mesmo assim a natureza proporcionou-nos um espectáculo memorável! Valeu a pena ter ido por ali, mesmo que no lado francês tivéssemos apanhado um susto: a estrada principal de uma pequena localidade estava inundada e não podíamos passar; mas felizmente, a polícia indicou-nos uma Estrada paralela e lá nos foi possível retomar a estrada principal. Chegámos a Lourdes uma hora atrasados para a janta, mas contentes com o que tínhamos deslumbrado e com uma fome dos diabos!


Nosso grupo diante da basilica de Lordes


Falando em comer, os nossos coreanos não tiveram oportunidade de engordar uns quilitos como, por exemplo, eu, pois a comida coreana nada tem a ver com a nossa mediterrânea. Em Madrid, fomos duas vezes a restaurantes coreanos e em toda a viagem umas 4 ou 5 vezes a chineses, pois eram os únicos onde havia… arroz!!! É, não sabia que os “nuestros hermanos” comem tão pouco arroz!!! Quase nenhum, na verdade, pelo menos durante os 12 dias em que estivemos no território deles. Coitados dos nossos coreaninhos… mas felizmente não se lamentaram muito, até porque se habituaram quase de imediato a comer… pão!!!


Diante da gruta de Lourdes


Ficaram foi também muito satisfeitos com os hotéis onde pernoitámos, muito bem escolhidos pela nossa guia coreana que está em Espanha vai para 16 anos; na verdade, ela trabalha em associação parcial com a agência que escolhemos aqui na Coreia, assim que nos guiou muito bem, sempre por bons caminhos! Estava super informada e teve muito bom gosto; o hotel que mais deslumbrou foi o de San Sebastian, o qual fica num monte de onde se deslumbra toda a baía da cidade! Uma maravilha!!! Mas o Praia Mar, em Carcavelos, também não ficou atrás, pois estávamos de frente à praia.
Bom, em Lourdes ficámos bastante tempo: dia e meio! Deu para fazer tudo e mais alguma coisa, se bem que metade do tempo estivesse chovendo também; infelizmente, a chuva foi uma constante nesta viagem, mas até que não perturbou muito. Mais e muita mais razão de queixa têm os milhares de espanhóis e muitos franceses que sofreram consequências desastrosas por causa das chuvas. Assim que podemos agradecer o São Pedro de ter sido benévolo para connosco…
O dia mais longo e cansativo foi o de 3ª feira, 29 de Maio, quando viajámos desde San Sebastian, passando por Loyola e Burgos, até Salamanca.


Diante da belissima catedral de Burgos


Porém, contrariamente ao que eu previa, a gente não se queixou do cansaço, aceitando-o como natural. Claro, com uma moral assim é óptimo fazer viagens longas! Salamanca é lindíssima e, como não fica longe da nossa terra, aconselho-vos vivamente a lá irem, caso ainda não o tenham feito. Um passeio nocturno, com gelado à mistura, foi a forma ideal de terminar o dia. Foi muito bom mesmo!
Na manhã do dia seguinte, o coração batia bem mais forte, como era natural: estava a poucas horas de entrar no nosso país!!! A manhã foi passada em duas partes: Alba de Tormes, terra onde se encontram restos mortais de Santa Teresa de Ávila; na capela a ela dedicada celebrámos a missa. Depois, voltámos a Salamanca para visita à catedral e parte da universidade; ainda antes do tacho, tempo para umas rápidas compras. Claro, dizer a mulheres que só têm meia hora para compras é como dizer a um miúdo que tem 10 pastéis à frente para só comer um!!! Bem, se fossem pastéis de nata… eu até nem deixava nenhum!!! Assim que também aproveitei para comparar uma lembrancita para algumas das minhas fãs coreanas!!! É sim, se um não as mantém elas vão-se… ahahah !


Salamanca: Plaza Mayor `a noite! Deslumbrante!


O almoço foi num restaurante chinês, mas devo dizer (sem pretender estar com ares de nacionalista!) que os chineses que estão em Portugal cozinham melhor que os da Espanha.

Pormenor do teto da catedral de Salamanca

E partimos então rumo à nossa terrinha, carago!!! Que emoção!!! Afinal, passaram 2 anos já. Sim, é incrível como o tempo passa! Mas… estando já esta crónica muito adiantada, o relato da aventura em terras lusas fica para amanhã, ok?
Tenho as ovelhas já prontas a serem contadas e, como o sono aperta, tenho mesmo de ficar por aqui! Abraços…

No comments: