Tuesday, July 24, 2007

As vozes dos coros celestiais...

África do Sul, 22 julho

Sanibonani, pessoal!
Pois é, como sabeis o tempo passa muito rápido quando se está bem. Hoje foi mais um dia que confirma esta “sabedoria”. Bom, comecei o dia cedinho, com missa na capela de Lothair com o nosso padre Matias. Não concelebrei com ele, porque queria fazer fotos, tal como na segunda missa. Esta é uma capela pequena, mas com uma comunidade dinâmica. São quase todos habitantes de “locations”, ou seja, bairros de lata, uns mais perto e outros não da capela. A assembleia era constituída por uma mistura de idades, mas o que mais me impressionou foi o canto!!! Depois de os ter ouvido cantar, só a vozes, fiquei ainda mais com a convicção de que... os coros celestes são africanos!!!

Mas a cantora oficial do Paraíso é a Enya, claro! Adorei mega! Dizia-me o padre Matias de que são os coros, mais do que as homilias dos padres, o que verdadeiramente atrai as pessoas à igreja, pois o africano gosta de cantar e dançar por natureza.


Alguns vão à igreja pelos cantos e só depois é que eventualmente se convertem. Esta zona é zona zulu: estavam várias senhoras de idade com os típicos trajes zulu, boinas incluídas. Bom, fiz também bastantes fotos, mas após a missa tivemos que ir à missão buscar os outros cartões de fotos (photocard), pois o que eu tinha na máquina era o mais pequeno e estava já cheio.


Dali fomos para a segunda missa, na capela de Diepdale, que fica muito perto da fronteira com a Swazilândia, país que confina com o Moçambique. Aqui a missa foi de funeral, com o caixão da jovem de 27 anos, de uma família onde já outras duas irmãs tinham morrido, todas elas de sida e esta também.


De facto, a sida é a grande epidemia actual da África do Sul e de muitos países africanos. Pude assim assistir ao rito do funeral zulu, o qual tem as suas particularidades. Esta foto foi tirada durante a missa...


Foi muito interessante, se bem que um momento triste, claro.

Bom, a hora ia passando e eu a ver que o Matias não estava nada preocupado com o... tacho!!! Na foto, ele esta levando alkguns dos fieis que participaram na missa e no funeral a casa.

Ehehehehehe De facto, só chegamos a casa depois das 4h da tarde e só então pude comer algo, pois... eles não almoçam por regra! De facto, não me lembro de ter comido uma sandes tão deliciosa quanto a de amoras silvestres que devorei com paixão e fome. Damos tantas coisas por descontado e não sabemos agradecer o quanto Deus nos dá, desde algo tão simples e essencial como é comer e poder comer. Assim, fomos ainda visitar outras três capelas, incluindo a de Mayflower, que seria em teoria a paróquia central da missão; há uma pequena comunidade de freiras sul-africanas lá. A semhora desta foto mostra uma das coisas que mais me surpreendeu, tal como no Kenya: a quantidade imensa de gente que tem telemovel!


Pelo caminho, das muitas criancas que vimos consegui fotografar esta...


Voltámos então para a missão, onde o padre Ettore, italiano, nos preparou uma saborosa janta. Ele pertence a outra comunidade e está cá na África do Sul há mais de 30 anos, creio. Ca estamos nos no momento da janta...Esta missão é a única que se encontra numa zona completamente rural, mas parece que irão fechá-la no ano que vem. O colega habitual do Matias não está cá e não creio que o irei encontrar, pois sairei desta comunidade na 6ª feira de manha.

Nao podia deixar de tirar esta foto ao por-do-sol sul-africano...


Bom, o sono chama-me; não é chuva, não é vento, é o sono...
Ficai bem e até amanha.

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