Wednesday, January 17, 2007

A aventura keniana continua...

17 Janeiro

Jambo de novo, minha gente.
Pois é, este segundo dia africano foi composto por uma mistura de sentimentos muito particular. Por um lado, de alegria e espírito de missão; por outro de dor, tristeza e incredulidade.
Um passo de cada vez: iniciei o dia indo conhecer o seminário teológico do nosso Instituto aqui no Kenya, no qual estudaram vários colegas meus, incluindo alguns dos que estão na Coreia. Era, como tal, desejo meu de longa data conhecer também o seminário Allamano House (“Casa do Allamano”, nosso padre fundador). Estavam lá alguns missionários nossos que estão participando num Fórum Teológico Internacional... sobre o qual eu desconhecia a existência, senão até me teria insrito também, pois alguns deles estarão também presentes no Fórum Mundial Social. Foi com imenso prazer que reencontrei alguns colegas dos anos que passei em Londres; um é o Matthew Ouma, keniano, que é agora conselheiro geral (faz parte do conselho geral de administração do nosso Instituto), enquanto que o outro é um italiano, Ugo, o qual é uma pessoa muito humana, fraterna e extremamente boa gente. Encontrei também um nosso missionário keniano que me irá levar a Kisumu, no norte do Kenya ( auns 400 e tal km daqui), para visitar a família do nosso colega que morreu na Coreia a 18 de dezembro de 2005.
Não fiquei mais tempo, pois à tarde eu não os poderia acompanhar na visita a bairros de lata e outros tipos de actividades em favor do pobres, pois o número de participantes estava fechado. Fiz bem, pois assim vim para a casa regional, iniciei este diário e, após o almoço, entrevistei um padre Fidei Donum da Roménia (ou seja, um padre diocesano que passa vários anos em missão no exterior) que trabaklha no noirte do Kenya há já alguns anos. Sim, estou também começando a recolher material para a nossa revista lá na Coreia. Depois... a parte triste: o padre Tobias levou-me a 3 bairros de lata extremamente pobres, nos quais o nosso Instituto tem trabalhado e organizado iniciativas e projectos de ajuda às pessoas carenciadas. Como em todos os lugares do mundo, também aqui as crianças são lindíssimas e sempre com um sorriso e olhos grandes, mesmo no meio de miséria indescritível. De fracto, fiquei chocado com a pobreza que se vive ali... e entendo perfeitamente agora quem me diz que a África negra muda quem por cá passa. Certo, fiz algumas dezenas de fotos e entre elas as de muitas crianças, pois não me deixavam em paz (no bom sentido, claro!) Adorei estar com elas e fotografar algumas, mas ficou-me marcado o nível de vida desta gente... Também me impressionou ter encontrado um senhor italiano, o qual está ligado a umas irmãs: todos os anos vem cá no mês de janeiro para fazer casas de banho (muito simples, por certo, mas extremamente necessárias) nos bairros de lata, sozinho! Mamma mia, fiquei deveras impressionado com tanta humildade e capacidade de serviço. Amanhã irei visitar o maior bairro de lata da África, Kibera, que fica aqui em Nairobi. Mas isso é para contar amanhã.
Não creio ter referido no texto do primeiro dia que... há uma jovem coreana aqui hospedada na nossa casa regional; parece que trabalha para a Caritas, uma organização de caridade de cariz social da Igreja Católica e está cá faz poucos tempo; verei se amanhã consigo encontrá-la, pois será ótimo poder falar de novo coreano e, claro, entrevistá-la para a nossa revista. Caso o faça amanhã, sera a primeira de duas entrevistas que farei amanhã, pois tenho programado ir passar a tarde a Kibera, de modo a conhecere e entrevistar um padre missionário mexicano. Como podeis constatar, estou a trabalhar também bastante.
Bom, mdescansei depois um pouco antes de ir para a paróquia onde fui ontem; desta vez presidi eu e, certo, fiz também a homilia. Como a missa ali é em inglês... no problem. De caminho, parámos numa casa de uma senhora já de bastante idade, a quem o padre Tobias deu a comunhão, algo que costuma fazer às 4as feiras. Acabada a missa, fomos ao aeroporto buscar outro tuga, que é também nosso conselhieor geral: António Fernandes, natural da Guarda. Dissde-me, entre outras coisas, que irão também participar no curso que farei em Sao Paulo no verão, dois colegas meus espanhóis que fizerm o noviciado comigo na Itália e que não vejo há muito, muitos anos também. Como podem ver, o nosso Amigão não pára de me surpreender.
Bom, jantámos já depois das 8h e, após ter visto as notícias na BBC (pois cá têm parabólica que apanha também a RTPinternacional), vim para aqui escrever-vos este meu diário. Assim que amanhã poderei colocá-lo no meu blog, pois quero depois procurar algumas fotos sobre o que vi hoje. As que tenho feito, dado que não trouxe o pequeno cabo de ligação ao computador [para as descarregar, irei mostra-vos lá na Coreia, ok?
Como podeis ver, não paro! E é assim mesmo que gosto, pois conhecer, fotografar e preparar material para depois partilhar com vocês e os nossos benfeitores é algo que me dá imenso prazer.
E é tudo quanto a este meu segundo dia no Kenya. Agora vou nanar, pois tou a morrer de sono...
Asante sana!
Alvaro bwana

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